quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Capítulo Dois.


Capítulo Dois: A Reunião mau sucedida.
  • O que significa isso? - Perguntou a mulher que estava sentada na cadeira principal
  • Senhora... Nós não entendemos como essa menina conseguiu invadir o nosso esconderijo. Tenho certeza que com vários equipamentos... - Disse um rapaz de óculos que ocupava a sétima cadeira.
A mulher o interrompeu:
  • Acredito que não. Ela está muito chocada. Assustada, se assim posso dizer.
  • Senhora, ela pode estar atuando... Se ela foi capaz de invadir nosso sistema... Ela pode estar somente... Atuando... - Disse o mesmo rapaz.
  • Não, não. Robert. Eu sei que ela não fez nada para nos prejudicar. Mas admito que ela sabe demais.
A mulher se virou para mim. - Olha, pode não parecer assustador. Você pode estar dizendo “Isso é moleza, é só responder umas perguntas, e você vai em bora”. Mas quando você está totalmente apavorada, não sabe nem o que dizer. Está no meio de presidentes, agentes e inventores, que você se quer conhece e você acaba de descobrir que sua melhor amiga é uma agente internacional, e que nem se quer você sabia seu verdadeiro nome. Isso REALMENTE, não são somente simples perguntas a serem respondidas. - e perguntou para mim calmamente, como se o mundo não tivesse entrado em uma crise por minha causa – Ainda não - :
  • Menina, qual é seu nome?
  • Anna... - eu disse a ela com um pouco de receio
  • Meu nome é Agente S. - Disse ela estendendo sua mão. Apertei - Anna, você conhece a Agente Liza?
  • Conheço sim...
  • Como você chegou até aqui?
Contei a ela toda a história. Eu não aguentava mas mentir. Eu não gostava de se passar por alguém que eu não era. Eu ODIAVA isso. Depois de confessar tudo aquilo, a Agente S, pediu para que me arrumassem um quarto, e que ligassem para minha mãe explicando para ela o por que, que eu não poderia ir em bora aquela noite. - Claro, que depois fiquei sabendo que eles ligaram e falaram que eu ia dormir na casa de Elizabeth naquela noite. - Pedi, que me devolvessem meu telefone celular para eu ligar para Katlyn, que provavelmente viria me procurar, e ligaria para os meus pais informando o meu desparecimento e consequentemente o de Elizabeth. Eles me concederam o desejo. Porém só de fazer a ligação para Katlyn e ninguém mais. E eu tinha que falar exatamente o que Robert me mandasse falar. Liguei. Repeti as palavras de Robert, e depois que tudo acabou, voltamos a reunião.
Eles ficavam falando entre si. Em volta da mesa haviam: agentes, inventores (Robert, era um deles), seguranças, e ocupando a outra cadeira principal. O presidente dos EUA. E
outros presidentes mundiais.
Todos estavam conversando, quando um segurança acompanhado de uma menina, vestida toda de preto. Sua pele me parecia familiar. Era bronzeada. Os cabelos castanhos-escuros estavam presos em um rabo de cavalo, e estava carregando uma bolsa também preta, que por sua vez, parecia pesada. Quando ela chegou mais perto de minha cadeira, pude reconhecer a face da menina. Era Elizabeth.
E foi neste momento que todos começaram a falar mais alto. Eles diziam algo como: “Esta espiã, não serve. Ela revela sua identidade, e ainda deixa bastante claro o nosso quartel general! Que descabeçada!” e outros comentários: “Que menina burra! Ela não pode ser uma espiã”. Depois de Elizabeth sentar, a diretora – Agente S. - manda:
  • Quietos! Todos! Vocês precisam compreender a situação!
  • Mas que situação? Agente S, ela quebrou a regra mais importante desta agência! - Disse um homem que eu julguei ser um agente.
  • Ela não quebrou regra alguma! - Replicou a Agente S. - Essa garotinha... Anna... Foi bisbilhoteira demais! Nós que falhamos! Devíamos ter nos cuidado mais!
  • COMO ASSIM? Agente S, nossas formas de segurança, são praticamente impenetráveis para invasores e não agentes! - Disse o presidente.
Paralisei. O presidente dos estados unidos, me julgando? O pai da nação, contra mim? Ai, ai agora eu estava realmente perdida!
  • Senhor presidente, se acalme. Essa não é uma crise mundial! Existe mais coisas que o senhor tem para se preocupar! Não gaste suas energias com esse caso banal! - Disse Elizabeth.
Fiquei um pouco aliviada, pois pelo ao menos Elizabeth estava do meu lado. Mais eu ainda estava furiosa com o que ela tinha feito. Ela poderia ter pelo menos nos falado seu nome verdadeiro!
  • Me acalmar? Me acalmar? Como ousa, me dizer o que fazer? Menina, você pode causar centenas de milhares de catástrofes, se descobrirem a ASS! Existem pessoas em perigo e bandidos para serem presos! E se a ASS for descoberta, isso vai virar uma zona! - Disse o presidente furioso.
Eu fiquei tão furiosa, mais tão furiosa. Como o presidente dos estados unidos, estava contra mim? Minha família o elegeu! E agora ele estava contra mim? De tão furiosa eu disse:
  • Senhor presidente, com todo o respeito, eu estou com saudades de minha família. A essa altura minha mãe já deve ter ficado sabendo que eu não estou na casa de Elizabeth... Ou Eliza... Eu não sei mas quem é quem. Não sei mas em quem confiar. E o senhor tem a coragem de me dizer que eu vou dar uma de fofoqueira e espalhar para todos que existe uma agência que recruta pessoas para serem agentes secretos internacionais? Eu daria tudo para sair daqui! Não contarei nada, garanto. Eu só quero ir pra casa. Não quero ser tratada como um cachorro bisbilhoteiro, pelo cara que minha família elegeu para ser o presidente. Se puderem me dar licença.
Saí correndo, não me importando com nada nem ninguém. Segui as instruções da placa para o banheiro.
Me tranquei na primeira cabine que vi.
u me sentia a pior criatura do mundo. Era como se o mundo fosse desabar, e tudo por minha causa. Eu ODEIO isso. Por que eu fui procurar por Elizabeth? Eu nem sei se Elizabeth é o seu nome real... Eu me sentia um caco. Eu precisava sair dali, e rápido. Montei um plano... E eu precisava de ajuda... Lembrei-me do Agente Gabe, então vesti o capuz de meu casaco, e sai correndo. Procurei o Agente Gabe, por todo o canto, e só o encontrei na lanchonete secreta.
  • Agente Gabe?
Ele ficou ereto – Como um soldado - como se estivesse fazendo algo errado. Mais quando me viu disse:
  • Ah... Oi... Agente Liza... Por favor, me chame só de Gabriel.
  • O.K. Gabriel, é o seguinte. Preciso sair daqui imediatamente.
Ele franziu o cenho, ele parecia não entender muito bem.
  • Como assim? Sair daqui? Você não é uma agente?
  • Depois eu te explico, mas agora eu PRECISO, sair daqui. Olha eu vou te explicar direitinho o que nós temos que fazer.
Lhe contei sobre o meu plano para sair, que por sinal ele estava entendendo tudo muito bem.
  • O.K. Então, você entendeu? - Eu perguntei a ele
  • Sim... Mais... - Ele me respondeu
  • Vamos ação.
Começamos a executar o nosso plano.
Fase 1 do plano: Escapar do hospício.
Trocar de roupa. Me misturar. Ficar irreconhecível.
Essa fase foi bastante fácil. Gabriel, era amigo do segurança do vestiário. - Sim. Existia um vestiário em uma agência de agentes secretos – Por isso tive acesso a praticamente TODAS as roupas bacanas, horríveis e sensacionais que alguém poderia querer. Mas para o meu azar, as roupas que os agentes usavam em trabalho era:

Moças: LEGGIN PRETA, CAMISETA APERTADINHA PRETA E TÊNIS PRETO. – SEM FALAR DA BOLSA DE BUGIGANGAS MAIS HORRÍVEL QUE EU JÁ VÍ.

Rapazes: CALÇA JEANS ESCURA, CAMISETA LARGUINHA PRETA E TÊNIS PRETO.- QUE INCLUI A BOLSITCHA PRETA FEIOSA.

Me vesti igual aos agentes, e quando sai, percebi que Gabriel, também tinha se vestido assim – Era parte do plano. - Dei umas risadinhas. Ele ficou vermelho. Ai eu perguntei sarcasticamente:
  • Se rendeu a sociedade de agentes Gabriel?
Suas bochechas coraram mais ainda.
  • Não seja tola, Liza. Eu nunca me rendo. E foi por isso que me recrutaram para ser espião.
Pensei um pouco. Gabriel, nunca tinha me falado nada sobre a sua vida.
  • Gabriel, você nunca me falou nada da sua vida. Conte-me um pouquinho dela... Quer dizer... Antes de você vir para cá.
    le tirou uma mecha de cabelo que estava na minha boca. Se recompôs, e disse:
    • Eu não gosto de tocar nesse assunto, Liza. Me desculpe.
    Opa, Opa. Espera um pouquinho ai... Liza? Eu não havia contado sobre minha verdadeira identidade pra ele? Lembrei-me que não. Mas quis deixar assim. Eu e ele como espiões, estava sendo superdivertido.
    • Não, não. Tudo bem... Me desculpe eu se eu te incomodei, ou algo assim. - Disse eu
    • Claro que não! - Ele me olhou nos olhos – Muito pelo ao contrário... - Ele balançou a cabeça daquele jeito esquisito de antes. Olhou no relógio e disse – Vamos... Precisamos executar a segunda parte do plano.

    Fase 2 do plano: Escapar do hospício.
    Entrar na sala cinza – A Sala dos sistemas. - E achar a chave mestra. - Um cartãozinho que abre todas as portas do “Quartel General” da ASS.

    Esta parte foi a mais difícil. Eu tinha que dar uma de espiã, para me esconder de outros espiões. Me esquivei o máximo possível. Quando consegui entrar na sala cinza mandei um SMS para Gabe que dizia:

    Tudo O.K. Gabe, pode vir. TML.1

    E ele mandou:

    O.K, já estou entrando.
    Fiquei esperando Gabe. Quando percebi o guarda que estava entrando na sala. Devia ser o segurança das câmeras. Procurei algo para poder alertar Gabe. Mas infelizmente não encontrei.
    Quando Gabe entrou. O barulho da porta se fechando serviu como um alerta para o vigia das câmeras.
    1 - TML = Tudo Muito Limpo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário